14.02.2023, terça-feira

Quando entrardes em alguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está próximo o reino de Deus“.
Lucas 10, 9

Que posso retirar deste excerto do evangelho de hoje? Em primeiro lugar, o envio dos discípulos de Jesus tem como ordem a cura dos enfermos. Quem eram esses enfermos? Quem são os enfermos hoje? Como posso eu ou qualquer seguidor de Jesus “curar os enfermos“, sendo eu mesmo enfermo? Será um sentido literal? Poderemos alargar esse sentido ajudando a curar as doenças interiores das pessoas? E estarão elas doentes? Creio que sim: a culpa, o medo do futuro, a desconfiança em relação às suas capacidades; uma rutura afetiva; o acompanhamento em sofrimento de alguém próximo vítima de doença incapacitante; essa pessoa que, com a vida suspensa, não sabe por onde avançar; o aluno ansioso com o seu desempenho escolar; aquela pessoa que simplesmente não tem com quem falar. Aqueloutra que se tem como desinteressante, sem beleza interior ou exterior.

E o que tem o cristão para oferecer? A partir de que lugar, a partir de que clarividência, a partir de que luta travada proclama ele que o Reino de Deus está próximo? Entenderá ele o que é esse Reino, a “locomotiva vertical” que se despenha sobre nós trazendo o lume do céu?

Receio a vida morna, a minha vida morna. Levanto os olhos ao céu, peço o orvalho da sua misericórdia, a luz da primeira manhã, a confiança da primeira infância para acolher a possibilidade do impossível.

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