
Vi há algum tempo a expressão: “globalização a partir de baixo”. O autor refere como as conquistas da humanidade foram feitas a partir do sofrimento e da morte de muitas pessoas.
Pensei que há duas formas de olhar o passado e a História: a partir de cima e a partir de baixo.
A História que é lida e contada na escola e na cultura é, fundamentalmente, a História dos vencedores: os reis que conquistaram territórios; os grandes avanços científicos e culturais, as obras de arquitetura, as guerras vencidas. É a lógica do poder, do domínio, da vitória, da conquista.
Depois, há a História a partir de baixo. É a história dos que morreram, dos que perderam, dos que se sacrificaram, e da miríade de anónimos cuja vida esteve repleta de lutas e projetos e cansaços, mas que desapareceram sem deixar vestígio.
Penso muitas vezes nesta realidade, que é de ontem, mas também de hoje: a forma como vemos o mundo e os outros, assim como a forma como a Comunicação Social e os chamados Social Media nos apresentam a escala de valores do que entendem ser humano, é a mesma, ontem e hoje: poder, domínio, riqueza, segurança, beleza, fama, sucesso.
Sei bem em qual destas narrativas me encaixo. Verifico, como é mais ruidoso e longo o cortejo dos vencedores. O bom senso e o “saber viver” não oferecem grandes dúvidas sobre de que lado da história deveremos viver. Chamamos-lhe sabedoria, lógica, razão.
Ainda assim, há muitos anos houve um homem que, pelas suas palavras e ações virou tudo do avesso a ponto tal que teve de ser silenciado. Desde então e até hoje, alguns e outros mais, procuram ainda perceber essa pessoa tão desconcertante, tentando prolongar, como um eco, a grande insurreição.
cheguei aqui por acaso. fiz um post sobre a montanha mágica (duas frases) e apareceu um post relacionado deste blog (que não pude ler todo porque estou lendo e tive medo de perceber o final). gostei muito do blog. vou seguindo.
GostarLiked by 1 person
Obrigado pelas suas palavras!
GostarLiked by 1 person