
No podcast que ou vi esta manhã, foi feita uma análise ao modo como aqueles que provêm das classes trabalhadoras e “ascendem” a uma carreira universitária, são discriminados. Também se refere a fenómeno da discriminação nas universidades “de elite” a partir de um trabalho de campo em quatro universidades, duas no Reino Unido e duas no Estados Unidos.
Porque gostei?
Porque aprendi algo de novo sobre uma realidade que desconheço; porque me faz estar mais atento a todas as formas de discriminação que subsistem; porque confirma a minha reflexão sobre o modo como as sociedades se organizam na perpetuação dos mesmos mecanismos: proteção gregária, desconfiança face àquele considerados “estranhos” ou de “fora”. Depois, nas entrevistas que o autor do programa faz a duas autoras sobre o tema do episódio de hoje (“Elite Universities – Working Class Students”) as entrevistadas falam de forma clara, sem “palha”, acrescentando informação. Também por isso vou tendo menos paciência para os podcasts em português, onde, por regra, se fala com má dicção, não se é objetivo e as ideias são repetidas (Portugal é definitivamente um país pequeno e provinciano).
É bom aprender.