
Leio um artigo sobre o pintor e ceramista Manuel Cargaleiro. Na viagem pelas suas memórias, recorda a amizade com o poeta Herberto Hélder que o visita na sua quinta de família. Interessante a descrição sobre HH: uma pessoa solitária, que gostava de passear a sós durante bons bocados entre hortas e pomares.
Penso nas almas que procuram a solidão e o recolhimento. Louvo-as em silêncio, agradeço-lhes o inconformismo, a procura honesta de outro andamento vivencial. Em mim, algo renasce ou, ao menos, retoma um pouco mais de vigor.
Saúdo os habitantes desses mundos.