Ao entardecer
Ao entardecer, do dia ou da vida, as coisas que tiveram mais côr ou mais valor ficam diferentes. O que eram apelos da exterioridade convertem-se em convites à interioridade, ao recolhimento da consciência. Os ruídos e as alegrias são, agora, suaves sons e uma serenidade na qual redescobrimos que temos alma. O que sentimos agora, o que saboreamos neste instante é absolutamente coerente com um anseio de eternidade. O entardecer é como um quadro que nos ensina a ver as coisas pelas quais passámos distraidamente durante o dia.
John Atkinson Grimshaw, conhecido como pintor da noite, transporta-nos no espaço e no tempo para esses ambientes em que as horas de agir são substituídas pelas de refletir e apreciar.
Vejam este vídeo num ecrã grande:
Paulo Farinha